sábado, 13 de julho de 2013

Um salto até ao “ pays basque”




Se de Hondarribia, pelo canto do olho (maneira de dizer) , miramos França; num pulo chegamos a terras francas, igualmente verdes , igualmente bascas. Muda a língua, a moeda é também a mesma (os preços não!), a água igualmente tépida e agradável.
Vamos correndo as “capelinhas” todas,  na esperança de um lugar aprazível para a nossa vivenda, mas se França é o paraíso das áreas de serviço, o mesmo não se pode dizer do cantinho basco à beira mar plantado.
Hendaye, com a sua área ao lado da estação de caminhos de ferro, é exígua para tanta casa rolante, barulhenta e com ar desmazelado. Passemos à frente…
St . Jean de luz afigura-se mais simpática, ali, à beira rio, numa cidade que parece emanar luz e azul. Não ficámos a saber, a AS estava completamente lotada.
Mais à frente a famosa Biarritz. Não nos pareceu que fosse ali o nosso novo lar, mas, contrariamente às previsões, havia um lugarzinho meio ao sol meio à sombra (N 43.46532  W -1. 5716).  Um companheiro português veio logo a correr, ajudando na manobra e relatando as novas do sítio. Área paga (10 €), visita dos funcionários cobradores uma vez por dia a hora incerta, já lá estava há 3 ou 4 dias e só tinha pago uma vez porque estava sempre na praia à hora da cobrança. Luz incluída no preço, mas o francês que estava dois lugares abaixo monopolizava a ficha elétrica porque ele tinha televisão, frigorífico e “ordinateur”, imagine-se! Depois de uma discussão de surdos e muitos pontapés na “grammaire” , lá conseguimos o que queríamos, bufff!!!

Em boa hora chegámos , não porque a AS fosse especialmente 5 estrelas, mas porque aquele calor de o agosto de 2012 convidava à água e a praia era ali a uns parcos metros. A feminina praia de Milady.




E é essa a boa fama de Biarritz: sol, areia, mar. A cidade tornou-se rival da Riviera francesa em 1854, depois da Imperatriz Eugéne ter trazido Napoleão III para umas “vacances” . E daí veio o ainda atual  glamour e provavelmente a animação noturna.
O glamour vimo-lo a passar, sobretudo nos elevados preços a brilhar em montras e esplanadas e num restaurante de “huitres” que apenas bisbilhotámos, vendo travessas redondas carregadinhas das suculentas ; a animação, essa, respirava-se ao longo do percurso a pé até ao centro (uns bons 2,1 quilómetros!!!) e no concerto ao vivo frente ao famoso Casino.




Interessante mesmo foi o “marche nocturne”,  na praça  Les Halles , durante a leve frescura da noite. Artigos confecionados com gosto, mas uma abismal diferença de preços quando comparados com o vizinho país basco espanhol.
 Ici, c’ est la France, ici Pays Basque (diz a lenda que o diabo só conseguia pronunciar três palavras em basco depois de o ter estudado durante 7 anos!!!). Correndo o risco de ficarmos como o diabo,  lá continuámos. (Não sete anos, claro!)

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