quarta-feira, 22 de julho de 2015

Um mal nunca vem só



Dois últimos dias de férias 2014


A viagem chegava ao fim, mas as tempestades (literais e outras) ameaçavam no ar…
Depois da terna Collioure (França), chegava o momento de atravessar Espanha , a etapa sempre mais desgastante…
Primeiro a trovoada noturna. Depois a dificuldade surrealista de conseguir sair de França e passar para o outro lado da fronteira: duas horas numa fila inexplicável até solo espanhol. Chegados a Espanha e sem suspeitarmos de que a 2ª “tempestade”  já havia sucedido, planeámos ficar em Barceloneta a conselho de uns portugueses . Plano gorado, se o sítio era ali à beira da estrada nem pensar, com a fama de assaltos da capital catalã, desistimos da ideia. Acabou por ser um dia de estrada para ficarmos a dormir na autoestrada, estação de Hospitalet.
Depois de uma noite mal dormida com a gravação do som dos camiões no cérebro, veio a 3ª “tempestade”: rebentamento de pneu na A3 , Valência – Madrid. Completamente desfeito numa estrada de três faixas supermovimentada e inclinada. 



Lá veio o gajinho do serviço de “carreteras” com o charuto cubano ao canto da boca, qual Fidel Castro, que nos salvou do enredo com o seu potente macaco. Duas horas de luta escaldante, impensável chegar a Portugal nesse dia. 




Decidimos pernoitar na aldeia de Luciana ( a 1ª paragem da ida), ao lado da piscina municipal (N 38 58´58,1’’  W 04º 17’ 32,5’’ ).

O dia seguinte seria a chegada a Portugal, mas  a 523 km de terras lusas a polícia mandou-nos parar – 4ª “tempestade” - 50 € de multa porque excedemos a velocidade… em dez quilómetros !!!

Perguntam vocês : e  a 2ª “tempestade” ? Pois bem, alguns meses depois, no inverno, eis que chega pelo correio uma missiva de teor castelhano , datada de 20 de agosto, que delicadamente nos fazia desconto numa multa, convidando-nos a pagar 50 € por excedermos a velocidade em 12 kms , perto de Barcelona! Vejam lá se não há vantagens em pertencermos à CEE?
Quantas tempestades? Eu bem dizia, "um mal nunca vem só".

Epílogo:

Vou começar a preparar-me para a viagem de 2015. Desta vez a “casinha” é outra e os passageiros aumentaram… Evitaremos certamente as autovias e circularemos em autoestrada, de certeza que nelas, apesar de caras, não pagaremos 100 € !...

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